Zeca Pagodinho surpreende ao visitar o Templo de Salomão antes de show em SP

Zeca Pagodinho surpreende ao visitar o Templo de Salomão antes de show em SP

Nem só de samba vive Zeca Pagodinho — e ele fez questão de provar isso neste domingo (1º). O cantor, conhecido pelo bom humor, pela cerveja gelada e pelos versos que embalam gerações, surpreendeu fãs e seguidores ao visitar o Templo de Salomão, em São Paulo, antes de subir ao palco em Votorantim (SP).

O gesto não passou despercebido. Zeca compartilhou registros do momento nas redes sociais, onde aparece ao lado do bispo Jadson Santos, uma das principais lideranças da Igreja Universal. Segundo o próprio cantor, a visita teve como objetivo realizar uma oração de gratidão. “Deus abençoe você, Zeca, sua família e sua equipe. É sempre uma alegria compartilhar a Palavra de Deus e orar com você”, respondeu o bispo, reforçando que a relação entre eles vai além do simples protocolo.

Não é a primeira vez que o intérprete de “Deixa a Vida Me Levar” se aproxima da igreja. Em 2023, ele já havia visitado o Templo, quando afirmou que orou pela paz mundial. Mas, se engana quem pensa que isso é apenas um gesto isolado ou protocolar. Para muitos, Zeca deixa claro que sua relação com a fé é tão complexa, irreverente e autêntica quanto sua própria trajetória artística.

Vale lembrar que há poucos meses, o sambista se viu no centro de uma polêmica depois de um vídeo viralizar nas redes, onde, com seu jeito bem-humorado, fazia piada sobre céu e inferno. Na ocasião, disparou: “Deus me tirar daqui pra ir pro céu com asinha e harpinha? Não vai cair bem pra mim. Prefiro descer. Também não acho que o inferno seja essa coisa ruim toda não”. O comentário, embora em tom de brincadeira, gerou críticas, principalmente de setores mais conservadores.

A nova visita reacende um velho debate: até que ponto figuras públicas podem — ou devem — expressar sua espiritualidade sem serem julgadas ou rotuladas? Para alguns, é apenas um gesto sincero de quem busca equilíbrio. Para outros, poderia até soar como uma tentativa de se reaproximar de públicos mais religiosos, especialmente em tempos onde a imagem pública é disputada tanto nas redes quanto nos palcos.

O fato é que, independente das interpretações, Zeca segue sendo Zeca: irreverente, autêntico e dono de uma liberdade que poucos artistas conseguem sustentar. E talvez aí resida o grande charme do sambista — aquele que, sem abrir mão da própria essência, não tem medo de transitar entre botecos, palcos e templos.

Leave a Reply

Your email address will not be published.