O renomado sacerdote e cantor Padre Fábio de Melo tem sido destaque nas festividades juninas da Bahia, mas não apenas por suas apresentações. Recentemente, os valores de seus cachês em eventos públicos têm gerado debates sobre a aplicação de recursos públicos em contratações artísticas.
Em Madre de Deus, a prefeitura contratou o artista por R$ 270 mil para uma apresentação durante a Semana Evangélica. O contrato foi firmado com a empresa Farol Musical Produtora Ltda, recém-criada, o que levantou questionamentos sobre os critérios de escolha da contratante e a transparência do processo .
Já em Itapetinga, o show gratuito que Padre Fábio de Melo faria durante a inauguração do Hospital Vírgina Hagge foi suspenso após ação judicial movida pelo Ministério Público da Bahia. A promotora de Justiça Solange Anatólio do Espírito Santo destacou que a contratação, realizada a menos de três meses das eleições, poderia beneficiar diretamente a candidatura de Eduardo Hagge, tio do prefeito e pré-candidato, infringindo a legislação eleitoral
Reflexões sobre ética e transparência nas contratações
Esses episódios reacendem discussões sobre a ética na aplicação de recursos públicos em eventos culturais e religiosos. Embora a presença de artistas renomados como Padre Fábio de Melo possa atrair público e promover a cultura local, é fundamental que as contratações sejam pautadas pela transparência, legalidade e respeito às normas eleitorais.
A sociedade civil e os órgãos de controle têm papel crucial na fiscalização dessas ações, garantindo que os interesses públicos prevaleçam sobre eventuais benefícios políticos ou pessoais.
Leave a Reply