Pastor Sargento Isidório leva bebê reborn à Câmara e defende: “Não é pecado”

Pastor Sargento Isidório leva bebê reborn à Câmara e defende: “Não é pecado”

O deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) chamou atenção durante a sessão plenária da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (20 de maio), ao subir na tribuna segurando um bebê reborn — boneco hiper-realista feito de silicone.

Em tom bem-humorado, o parlamentar afirmou que a utilização desses bonecos “não é pecado”, e defendeu a liberdade das pessoas que fazem uso deles.

“Se alguém cria um bebê reborn, compra roupinha, dá mamadeira, faz chá de fralda, sem querer importunar o SUS, padres e pastores […] que tenham e brinquem com seus bonecos. Não é pecado.”, declarou.

Defesa da liberdade, mas com alerta social

Apesar do tom descontraído, Isidório fez questão de destacar a necessidade de não esquecer das crianças reais em situação de vulnerabilidade.

“Não devemos é esquecer das nossas crianças de carne e osso, que têm espírito e alma, e na maioria das vezes estão abandonadas”, alertou.

Durante o discurso, a tribuna ficou decorada com acessórios infantis, como roupinhas, mamadeiras e uma bolsa de bebê, o que gerou repercussão imediata nas redes sociais.

Humor na tribuna e votação em paralelo

O deputado finalizou sua fala com uma brincadeira, dizendo:

Inclusive, a minha neta está querendo ser agora deputada federal, por falar nisso… Parece que fez ‘pipi’ aqui”, sugerindo que a boneca teria urinado.

Enquanto o discurso acontecia, a Câmara aprovou, em votação simbólica, a urgência do Projeto de Lei 4.129/2023, que proíbe descontos automáticos em benefícios previdenciários para mensalidades de associações de aposentados. A proposta segue agora para análise nas comissões.

Isidório e suas aparições inusitadas

Essa não foi a primeira vez que Pastor Sargento Isidório gerou repercussão na Câmara. Na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele apareceu vestindo farda militar e segurando uma Bíblia aberta, gesto que muitos interpretaram como carregado de simbolismo religioso e político.

O episódio com a boneca reborn novamente dividiu opiniões. Nas redes, alguns internautas elogiaram a defesa da liberdade individual, enquanto outros criticaram o uso do espaço legislativo para tratar do tema, considerando-o “pouco relevante” diante das pautas urgentes do país.

A assessoria do deputado não respondeu se a boneca pertence ao próprio parlamentar ou se foi emprestada apenas para ilustrar o discurso.

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