O ex-gerente da cafeteria Havanna em Joinville (SC), Jair José Aguiar da Rosa, entrou com processos contra o Padre Fábio de Melo e a empresa após ser demitido devido a uma polêmica envolvendo o religioso. O caso ganhou repercussão nacional quando o padre relatou nas redes sociais um suposto mau atendimento na loja, mencionando que o gerente teria sido arrogante ao lidar com uma divergência de preços de produtos.

Jair José nega ter interagido diretamente com o padre durante o atendimento e afirma que a situação foi mal interpretada. Imagens de câmeras de segurança divulgadas posteriormente mostram que quem questionou o preço foi um acompanhante do padre, não o próprio religioso.

Ações judiciais e apoio sindical

Com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hospitalidade e de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sitratuh), Jair José moveu uma ação cível contra o Padre Fábio de Melo por danos morais e uma ação trabalhista contra a cafeteria Havanna. O sindicato alega que a empresa não apurou adequadamente os fatos antes de demitir o funcionário e que ele foi vítima de “cancelamento virtual” após a exposição nas redes sociais.

O advogado do ex-gerente, Eduardo Tocilo, afirmou que influenciadores digitais devem ser responsáveis ao utilizar sua visibilidade, evitando expor indevidamente pessoas comuns e causar prejuízos irreparáveis.

Repercussão e reflexões

O caso levanta questões sobre o poder das redes sociais e a responsabilidade de figuras públicas ao relatar experiências negativas com estabelecimentos comerciais. A situação também destaca a importância de uma apuração justa e criteriosa por parte das empresas antes de tomar decisões que impactem a vida profissional de seus funcionários.

Até o momento, não houve pronunciamento oficial do Padre Fábio de Melo ou da cafeteria Havanna sobre as ações judiciais em andamento.