Missa é interrompida por tiroteio em Jericoacoara: fiel é executada ao lado da igreja e fiéis entram em pânico

Missa é interrompida por tiroteio em Jericoacoara: fiel é executada ao lado da igreja e fiéis entram em pânico

que era para ser uma noite de oração e paz acabou se transformando em uma cena de terror em Jijoca de Jericoacoara, no litoral do Ceará. Na última quarta-feira (26), fiéis que participavam da tradicional missa na Igreja Matriz de Santa Luzia viveram momentos de pânico quando um tiroteio explodiu bem ao lado do templo.

O padre, no meio da celebração, precisou interromper imediatamente a missa ao ouvir os disparos. Sem saber o que estava acontecendo do lado de fora, sua primeira reação foi um grito de alerta: “Fechem as portas, fiquem dentro da igreja!”. Em segundos, o clima de oração deu lugar ao desespero. Pessoas corriam, algumas se ajoelhavam em prantos, outras tentavam se proteger entre os bancos.

Os tiros partiram de dois criminosos que chegaram em uma motocicleta, pararam em frente a um restaurante colado na igreja e executaram a queima-roupa Eva Coelho, de 35 anos, muito conhecida na cidade. A brutalidade da cena foi tão impactante que, mesmo dentro da igreja, era possível ouvir os estampidos e os gritos das pessoas do lado de fora.

De acordo com informações da polícia, Eva já vinha sofrendo ameaças. Ela teria sido alvo de uma facção criminosa que exigiu que ela deixasse a cidade após se envolver com um policial militar — algo que, segundo relatos locais, é visto como “quebra de regras” impostas pelo crime organizado na região. Eva se recusou a ir embora e, infelizmente, pagou com a vida.

O episódio escancarou um problema que a população local prefere não comentar em voz alta: o avanço das facções no interior do Ceará. Elas ditam regras, ameaçam moradores e, como visto, não têm qualquer receio de cometer execuções em plena luz do dia — ou até durante uma missa.

O crime abalou profundamente não só quem estava presente na celebração, mas toda a comunidade de Jericoacoara, que agora vive em estado de apreensão. Enquanto isso, a polícia segue investigando, mas até o momento não há informações sobre a prisão dos autores.

A pergunta que fica no ar é: até quando a violência vai interromper a fé, a paz e a rotina das pequenas cidades do nosso país?

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