Preso em flagrante por desviar dízimos e doações da Capelania Militar São Miguel Arcanjo e Santo Expedito, em Brasília, Paulo Cardoso de Vasconcelos, secretário-geral da paróquia, também aplicava golpes em noivas que sonhavam se casar no templo.
De acordo com relatos, o ex-funcionário oferecia “desconto” no valor da cerimônia com uma condição: o pagamento deveria ser feito em dinheiro vivo ou Pix, diretamente a ele. Uma das vítimas, uma personal trainer que preferiu não se identificar, afirmou que o valor oficial seria de um salário mínimo, mas Paulo sugeriu realizar por R$ 1 mil, desde que o pagamento não passasse pelos registros da capelania.
“Ele frisou que teria que ser em dinheiro vivo, mesmo eu falando que poderia pagar o valor cheio. E ainda disse que o ‘chefe’ não poderia saber”, contou a noiva, referindo-se ao capelão da igreja.
As investigações apontam que, além dos golpes nos casamentos, Paulo desviava valores das doações e utilizava o dinheiro para comprar eletrônicos, como notebooks e câmeras fotográficas.
O suspeito foi preso na última segunda-feira (27/5) por furto mediante fraude, mas foi liberado após audiência de custódia na manhã de quarta-feira (28/5), e responderá ao processo em liberdade.
A reportagem não localizou a defesa de Paulo Cardoso. O espaço segue aberto para manifestação.
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