Pastor Leonardo Sale é criticado por declarar “cura” de autismo em criança durante culto

Pastor Leonardo Sale é criticado por declarar “cura” de autismo em criança durante culto

O pastor Leonardo Sale, líder da igreja Pentecostal Templo dos Milagres (PTM), está no centro de uma polêmica nas redes sociais após afirmar, durante um culto, que uma criança autista de 12 anos havia sido “curada” por Deus. A fala foi registrada em vídeo e publicada no perfil do pastor no Instagram, gerando uma enxurrada de críticas por parte de especialistas, familiares de pessoas autistas e internautas.

Durante o culto, Sale declarou: “Não tem nada de autismo. Eu tô indo contra a medicina. Deus tá fazendo um milagre na mente dele… Vai ser pregador. Vai ser profeta.” A declaração foi interpretada como capacitista e desinformada, ao tratar o autismo como uma condição negativa a ser eliminada.

Repercussão negativa nas redes sociais

Nos comentários do vídeo, muitas pessoas expressaram indignação. “Autismo não é doença e sua fala é crime: capacitismo! Jesus faz milagres sim, mas autismo não é algo a ser curado”, escreveu uma internauta.

Outra comentou: “Fiquei chocada agora. Autismo não é diabo. Inúmeras crianças maravilhosas são diagnosticadas diariamente e são bênçãos do Senhor.”

Usuários também alertaram sobre o impacto de discursos como o do pastor: “Ele influencia milhares de pessoas. Esse tipo de fala pode colocar em risco direitos conquistados com muita luta.”

Especialistas rebatem: autismo não é doença

Profissionais da saúde mental explicam que o autismo é uma condição do neurodesenvolvimento, não uma enfermidade. Tratar o espectro autista como algo “curável” ou “espiritual” perpetua estigmas e desinforma a sociedade.

Além disso, esse tipo de discurso pode desencorajar famílias a buscarem acompanhamento adequado, atrasando diagnósticos e tratamentos que promovem qualidade de vida e inclusão.

Silêncio do pastor e debate em aberto

Até o momento, Leonardo Sale não se pronunciou oficialmente sobre a polêmica. A repercussão, no entanto, continua crescendo, com movimentos de apoio à comunidade autista exigindo retratação pública e maior responsabilidade por parte de líderes religiosos.

“Autismo não precisa de cura. Autistas precisam de respeito, acolhimento e dignidade”, resumiu um dos comentários mais curtidos na publicação.

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